quinta-feira, 2 de junho de 2011

Devaneios


Ele acordou, abriu a porta do quarto e lá fora ainda era noite. Ele não entendeu o porque.
Olhou no relógio e ele havia parado. Ligou a teve, mas estava fora do ar.
Seu mundo estava fora do ar e de lugar. Procurou seu cachorro Totó e o encontrou paralisado na varanda comendo ração. Pegou o celular, mas todos os números chamados ninguém atenderá. Seu coração e mente está acelerada e descompassada. O pavor do mundo lá fora o deixa estático quase tal como o cachorro na varanda. Toma coragem e vai até a janela da sala para ver a rua escura, mas sempre iluminada pelo néon vermelho da placa do hotel do outro lado, quase em frente a sua porta. A prostituta está como uma estatua de cera, linda e pura, se não fosse a mão de um cliente em suas nádegas. Dois corpos em uma cena erótica e poética pois o homem com sua batina revela o encontro entre o sacro e o profano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário