terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma colorida confusão com o amor.

Então o que dizemos agora?
Será que nossas vozes irão se encontram?
Agora só ouço sussurros obsoletos que vagueiam pela noite, junto á bocas de prostitutas.
E nosso amor onde está? Espero você para me responder.
Aqui se formaram casulos e sinto a dor do nascimento das minhas asas azuis com pintas amarelas, frágeis, mas no futuro, fortes, para chegar até seu mundo vermelho.
Eu sei que não quer me dizem onde está, mas em mercúrio ou marte, acho que posso te encontrar.
O que é isso?
Parece que está nascendo mais uma asa! Que cor será?
Dentro do casulo as cores ficam diferentes, até você está diferente.
Não sei mais o que é real ou fictício.
O sol é azul?
O céu é laranja. Isso eu sei. Acho que sei. Mas não importa que as cores fujam, o que agora me interessa são as contrações das minhas mãos, dos meus olhos e do meu coração.
Porque os sussurros estão nas bocas alheias e você ai no seu mundo negro sem um gemido sequer.
Você sabe que tenho medo do escuro! E acaba sempre me levando para o lado da lua crescente e ela me assusta com suas teias pratas e pretas!
Cuidado com o dragão esverdeado.
De novo não sei porque penso em cores.
E as palavras que cores são?
De sua boca não vejo mais cores.
A que horas será o eclipse da palavra com sua boca?
Eu sei você não pode me falar!
Você não sente nada, e acho que nem procura entender.
Que pena.